Histórico e princípios:
O Coletivo Feminista Classista Libertárias surgiu em
dezembro de 2010, fruto da necessidade das militantes do Movimento Estudantil
Classista e Combativo de formar um coletivo de mulheres que agremiasse não
somente estudantes mas também trabalhadoras e demais mulheres do povo. A base
era na Universidade de Brasília (UnB), e depois se expandiu, com bases locais
nas Universidade Estadual de São Paulo – Campus Marília, Universidade Federal
do Mato Grosso do Sul – Campo Grande e Universidade Federal do Ceará - Fortaleza.
A proposta é um coletivo que não seja apenas feminista, pois
também enxergamos a questão de classe e entendemos que a luta da mulher se faz
contra a opressão que se exprime sobre ela diretamente, provinda da própria
opressão sobre toda a classe trabalhadora. Assim surge o Libertárias, um
coletivo feminista e ao mesmo tempo classista.
O Coletivo foi criado dentro da RECC (Rede Estudantil
Classista e Combativa), passando, depois, a ser um GT (Grupo de Trabalho) da
Rede. Essa mudança estrutural se deu pela compreensão da organização de que a
luta deve se dar de forma não-sexista. A formação de coletivos se dá no âmbito
específico de estudo dos militantes (de curso, secundaristas etc), com poder de
deliberação conforme suas realidades; os GTs são formados no âmbito geral,
visando um acumulo teórico para a organização sobre assuntos específicos e
transversais, executando ações imediatas. Assim, no Libertárias se discutem
temáticas e executam atividades com relação à luta e direitos da mulher e
entendemos que não há a necessidade de uma divisão homem-mulher dentro da RECC,
acreditando que é o sistema que impulsiona e dissemina as diversas formas de
opressão contra o trabalhador, e principalmente, contra a mulher trabalhadora,
e que a luta deve ser de todas e todos!
As nossas ações se encaminham em dois sentidos: O de
fortalecer a atuação das mulheres nas lutas da qual fazemos parte (movimento
estudantil, sindical e popular) e ao mesmo tempo impulsionar as lutas específicas,
enquanto mulheres, pelas reivindicações feministas. Assim, nosso grande combate
é contra o machismo operante e inerente à sociedade. Seguimos duas frentes
principais de combate:
1) Contra a exploração da mulher, gerada pelo sistema
capitalista. Exemplos: baixos salários para mulheres, dupla jornada de trabalho
(em casa e fora), falta de creches, entre outros. Esse é nosso maior inimigo e
ao qual combateremos veementemente, participando das lutas diárias
(manifestações, greves, ocupações) e junto aos outros movimentos, quando
necessário.
2) Combatendo o machismo que existe dentro da própria classe
e dos movimentos. Essa é uma questão que pode ser abordada levando para dentro
dos grupos e movimentos nos quais atuamos nossas críticas em relação ao machismo
de companheiros e até mesmo de nós mesmas, fazendo debates também com a
comunidade (vídeos-debates, oficinas, seminários) e organizando grupos de
estudos para aprofundar estes temas.
Sendo um GT da RECC, nos embasamos em princípios políticos
que orientam essa organização:
1- Classismo: a defesa da classe trabalhadora e da(o)s
estudantes filha(o)s de trabalhadora(e)s e de todas as minorias oprimidas pelo
capitalismo (pobres, negros, mulheres, homossexuais), além da aliança
popular-sindical e estudantil.
2- Anti-governismo e ação direta: somos nós mesma(o)s que
devemos alcançar nossos objetivos através de nossa luta diária, sem recorrer a
parlamentares e partidos eleitoreiros, nem à democracia burguesa.
3- Independência: De governos, patrões, diretorias,
reitorias, e etc.
Algumas de nossas bandeiras:
- CRECHES PÚBLICAS JÁ! A criação de creches públicas de
qualidade é um pré-requisito importante para que a mulher possa se libertar da
sua tripla jornada de trabalho. A falta destas creches implica na sobrecarga da
mulher, (que historicamente é vista como a principal responsável pelo cuidado
com as crianças). De qualquer modo a luta por creches beneficia não só a mulher
mas toda a família.
- IGUALDADE NO TRABALHO! Que a mulher não seja subjugada no
mercado de trabalho, com salários mais baixos, assédios, piores condições, etc.
É necessário organizar a luta da mulher trabalhadora para que tenha direitos
iguais aos dos homens.
- CONTRA TODA FORMA DE OPRESSÃO! Contra o machismo, o
racismo e a homofobia! O machismo pode se expressar de várias formas (
preconceito, assédio, estupro, agressão verbal ou física) e deve ser combatido
em todas as frentes. Seja nos casos mais objetivos, seja nas vias simbólicas.
Maiores informações ver: http://redeclassista.blogspot.com.br/
AVANTE MULHERES TRABALHADORAS!
NEM FEMINISMO BURGUES, NEM CLASSISMO MACHISTA! A LUTA DA
MULHER FAZ PARTE DA LUTA DO POVO, E A LUTA DO POVO FAZ PARTE DA LUTA DA MULHER!
Acompanhem e divulguem as atualizações no sítio da RECC:
ResponderExcluirwww.redeclassista.blogspot.co
“Nem feminismo burguês, nem classismo machista! A luta da mulher faz parte da luta do povo e a luta do povo faz parte da luta da mulher”
ResponderExcluirAvante!