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domingo, 1 de maio de 2011

Apresentação


Histórico e princípios:

O Coletivo Feminista Classista Libertárias surgiu em dezembro de 2010, fruto da necessidade das militantes do Movimento Estudantil Classista e Combativo de formar um coletivo de mulheres que agremiasse não somente estudantes mas também trabalhadoras e demais mulheres do povo. A base era na Universidade de Brasília (UnB), e depois se expandiu, com bases locais nas Universidade Estadual de São Paulo – Campus Marília, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – Campo Grande e Universidade Federal do Ceará - Fortaleza.
A proposta é um coletivo que não seja apenas feminista, pois também enxergamos a questão de classe e entendemos que a luta da mulher se faz contra a opressão que se exprime sobre ela diretamente, provinda da própria opressão sobre toda a classe trabalhadora. Assim surge o Libertárias, um coletivo feminista e ao mesmo tempo classista.
O Coletivo foi criado dentro da RECC (Rede Estudantil Classista e Combativa), passando, depois, a ser um GT (Grupo de Trabalho) da Rede. Essa mudança estrutural se deu pela compreensão da organização de que a luta deve se dar de forma não-sexista. A formação de coletivos se dá no âmbito específico de estudo dos militantes (de curso, secundaristas etc), com poder de deliberação conforme suas realidades; os GTs são formados no âmbito geral, visando um acumulo teórico para a organização sobre assuntos específicos e transversais, executando ações imediatas. Assim, no Libertárias se discutem temáticas e executam atividades com relação à luta e direitos da mulher e entendemos que não há a necessidade de uma divisão homem-mulher dentro da RECC, acreditando que é o sistema que impulsiona e dissemina as diversas formas de opressão contra o trabalhador, e principalmente, contra a mulher trabalhadora, e que a luta deve ser de todas e todos!
As nossas ações se encaminham em dois sentidos: O de fortalecer a atuação das mulheres nas lutas da qual fazemos parte (movimento estudantil, sindical e popular) e ao mesmo tempo impulsionar as lutas específicas, enquanto mulheres, pelas reivindicações feministas. Assim, nosso grande combate é contra o machismo operante e inerente à sociedade. Seguimos duas frentes principais de combate:
1) Contra a exploração da mulher, gerada pelo sistema capitalista. Exemplos: baixos salários para mulheres, dupla jornada de trabalho (em casa e fora), falta de creches, entre outros. Esse é nosso maior inimigo e ao qual combateremos veementemente, participando das lutas diárias (manifestações, greves, ocupações) e junto aos outros movimentos, quando necessário.
2) Combatendo o machismo que existe dentro da própria classe e dos movimentos. Essa é uma questão que pode ser abordada levando para dentro dos grupos e movimentos nos quais atuamos nossas críticas em relação ao machismo de companheiros e até mesmo de nós mesmas, fazendo debates também com a comunidade (vídeos-debates, oficinas, seminários) e organizando grupos de estudos para aprofundar estes temas.

Sendo um GT da RECC, nos embasamos em princípios políticos que orientam essa organização:

1- Classismo: a defesa da classe trabalhadora e da(o)s estudantes filha(o)s de trabalhadora(e)s e de todas as minorias oprimidas pelo capitalismo (pobres, negros, mulheres, homossexuais), além da aliança popular-sindical e estudantil.
2- Anti-governismo e ação direta: somos nós mesma(o)s que devemos alcançar nossos objetivos através de nossa luta diária, sem recorrer a parlamentares e partidos eleitoreiros, nem à democracia burguesa.
3- Independência: De governos, patrões, diretorias, reitorias, e etc.

Algumas de nossas bandeiras:

- CRECHES PÚBLICAS JÁ! A criação de creches públicas de qualidade é um pré-requisito importante para que a mulher possa se libertar da sua tripla jornada de trabalho. A falta destas creches implica na sobrecarga da mulher, (que historicamente é vista como a principal responsável pelo cuidado com as crianças). De qualquer modo a luta por creches beneficia não só a mulher mas toda a família.
- IGUALDADE NO TRABALHO! Que a mulher não seja subjugada no mercado de trabalho, com salários mais baixos, assédios, piores condições, etc. É necessário organizar a luta da mulher trabalhadora para que tenha direitos iguais aos dos homens.
- CONTRA TODA FORMA DE OPRESSÃO! Contra o machismo, o racismo e a homofobia! O machismo pode se expressar de várias formas ( preconceito, assédio, estupro, agressão verbal ou física) e deve ser combatido em todas as frentes. Seja nos casos mais objetivos, seja nas vias simbólicas.

Maiores informações ver: http://redeclassista.blogspot.com.br/

AVANTE MULHERES TRABALHADORAS!
NEM FEMINISMO BURGUES, NEM CLASSISMO MACHISTA! A LUTA DA MULHER FAZ PARTE DA LUTA DO POVO, E A LUTA DO POVO FAZ PARTE DA LUTA DA MULHER!