A
origem do dia 8 de março está ligada a uma greve geral ocorrida no ano
de 1857 em uma indústria têxtil de Nova Iorque, onde a maioria dos
operários eram mulheres. Refere-se também ao incêndio ocorrido numa
fábrica de tecidos em 1911 na qual mais de 100 trabalhadoras morreram.
No dia 8 de março de 1907 houve uma grande manifestação, conhecida como Marcha da Fome, em apoio à greve de 1857. Na marcha da fome houve uma presença majoritária de trabalhadoras que saíram nas ruas de Nova Iorque reivindicando melhores salários e redução da jornada de trabalho para 10 horas. Desde então foram realizadas anualmente manifestações nesse dia.
Durante o II Congresso Internacional das Mulheres Socialistas (1910), Clara Zetkin, propôs que se criasse um dia internacional da mulher trabalhadora. Segundo ela, era essencial criar uma referência internacional para a luta das mulheres.
No entanto, o capitalismo se apropriou da luta das mulheres no dia 8 de março, que tinha um caráter de classe (trabalhadoras), e a subordinou ou mesmo reduziu a opressão de gênero. As principais conquistas ressaltadas estão relacionadas com o direito ao voto, a igualdade perante a lei ou a oportunidade de assumir cargos de chefia. Mas isso não muda a realidade de exploração que sofrem a maioria das mulheres.
É ilusão acreditar que a luta pelo sufrágio universal virá atrelada a uma construção de uma sociedade igualitária. A igualdade perante a lei não é ainda uma igualdade efetiva e a garantia assumir cargo de chefia não tem como conseqüência a humanização das instituições, pois as instituições de privilégios serão injustas tanto se forem administradas pelos homens quanto pelas mulheres.
Dessa forma, não podemos nos deslumbrar com a vitória da presidente Dilma Rousseff e pensar que acabará a exploração de gênero e classe. Dilma serve aos interesses capitalistas, que não beneficiam a mulher. A libertação da mulher trabalhadora somente será efetiva quando realizada pela mulher trabalhadora.
Nós do Coletivo Feminista Classista LIBERTÀRIAS acreditamos que a luta contra a opressão de gênero está vinculada à luta contra a opressão de classe, e que lutar contra uma é necessariamente lutar contra a outra.
AVANTE A LUTA DA MULHER TRABALHADORA!
VIVA O COLETIVO LIBERTÁRIAS!
VIVA A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA!
VIVA O COLETIVO LIBERTÁRIAS!
VIVA A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA!
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