* Postagem antiga, da época ainda do Reitor José Geraldo.
O
recente estupro ocorrido na UnB não deixa dúvidas: a estrutura da UnB corrobora com o pensamento machista de que ser ou
não estuprada depende única e exclusivamente da mulher. Mais uma vez há a
culpabilização da vítima e o ataque superficial do problema. A medida
provisória do REItor José Geraldo, que coloca mais PMs no campus, em nada mexe
com a estrutura do problema de segurança da universidade, além de podar ainda
mais a liberdade dos estudantes. O isolamento do campus em relação ao
território do Plano Piloto, a falta de transporte público e iluminação dentro do
campus, os diversos terrenos baldios que o circunda: esses são uns dos
problemas que a reitoria teima em não resolver.
A
situação de universidades federais com recente entrada da PM elucida o fato de
que não é criando no campus um Estado de
Sítio que se resolve problemas de criminalidade. Primeiro por que a
criminalidade é um fruto imediato do capitalismo, causa da precarização das
condições de vida do povo (moradia, trabalho, educação, saúde, etc.). Segundo que, mesmo para a resolução a curto
prazo do problema de segurança, os reparos na infraestrutura se mostram bem
mais eficazes e sem nenhum “efeito colateral”, como é o que a PM traz com o seu
caráter violento e repressor.
Exigir
“policiamento adequado” é não perceber a função inerente das forças armadas no
Estado capitalista, como cão de guarda da propriedade burguesa. A UnB, com sua
extrema elitização, facilitará o trabalho da polícia de encontrar o seu
“elemento suspeito”, construído por preconceitos, que invariavelmente fará
parte de minorias sociais (negr@s, pobres, etc.).
Com
base nessas ideias, exigimos imediata
iluminação dos caminhos que vão para os três pontos de ônibus mais
utilizados por estudantes da UnB (Thomas Jefferson, CEAN, Big Box); e que haja
ampliação de linhas e horários do transporte
gratuito, saindo do ICC, entradas sul e norte, FED, FA, FEF, IQ, IB etc.
para alguns pontos da L2 norte, a partir das 17h30, de 15 em 15 minutos. Chamamos tod@s à luta para que se possa
unificar nossas reivindicações com as de outr@s estudantes que sofrem dos
mesmos problemas de falta de estrutura da universidade, e assim pressionarmos
de fato a Reitoria.
SEGURANÇA PARA PROTEÇÃO
E NÃO PARA REPRESSÃO!
PELA LIBERDADE SEXUAL DA
MULHER!
“Nem
feminismo burguês, nem classismo machista! A luta da mulher é a luta do povo e
a luta do povo é a luta da mulher!”
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